sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Época do Advento

O que permeia a Terra, o ambiente e o Homem nessa época?

Ao contrário do que normalmente se pensa, essa época é uma das mais difíceis e dolorosas do ano, pois durante o Advento vamos transformando todo o nosso ser para que aquela entidade de amor, o Cristo, possa nascer em nosso coração. E esse preparo, que se renova a cada ano, é o resultado da superação das mais terríveis tentações que pretendem impedir que esse nascimento aconteça.

Durante a época de Micael (São Miguel Arcanjo, 29 de setembro) o ser humano vai desenvolvendo coragem para superar as influências das forças adversas e dirige essa coragem, essa luta cósmica de Micael contra o dragão, para dentro do seu ser.

Durante a época do Advento o ser humano irá utilizar essa dádiva recebida na Época de Micael para lutar contra tudo aquilo que está impedindo o surgimento de algo novo naquele espaço mais sagrado que vai sendo criado no íntimo do coração.

O ambiente físico (Terra) nessa época do Advento. Terminando o inverno, a natureza encontra-se bastante seca. Ainda existem incêndios e fumaça. Além disso, um ambiente nublado de nuvens e neblina vai surgindo com as primeiras chuvas. O horizonte nítido e claro da época do inverno vai sendo apagado pela névoa e pelas nuvens. As estrelas não brilham tanto, pois há sempre nuvens e neblina. Toda a natureza vai ficando mais oculta, revestida de névoas.

Em relação ao vital (água), ocorre o seguinte nesta época: as chuvas, a princípio leves, vão se tornando mais intensas e surgem de repente tempestades. Um impulso vital invade de maneira impetuosa toda a natureza. Surgem inundações, os rios se tornam mais caudalosos e com correntes fortes, turbilhões...

Em relação ao anímico (ar), a luz, notamos nesta época do ano, que grandes massas de nuvens escuras, quase pretas, cobrem a maior parte do céu anunciando tempestades em tom ameaçador. A cor azul do céu e os raios luminosos do Sol desaparecem, e a região mais clara da paisagem é a própria terra! Uma Terra iluminada tendo ao fundo um céu cinza chumbo.

Em relação à individualidade (calor, consciência), ocorre que ondas de frio vindas do pólo sul surgem repentinamente. Em poucas horas a temperatura cai, o tempo fica nublado, chove, e às vezes persiste uma garoa. Depois disso, surge um ambiente quente, e abafado. Nossa consciência, durante esse período também tende a ficar abafada e é difícil nos mantermos em vigília nessa situação.

Frieza e abafamento da consciência em sobressaltos, em ímpetos, é o que surge na natureza humana nessa época.

O nascimento do Novo Espírito Solar, o Cristo, ocorre em um âmbito de violência, sofrimento e dor. O episódio do recenseamento imposto por Roma de maneira agressiva aos habitantes da Judéia e a matança das crianças por ordem de Herodes nos revelam que o nascimento do novo é precedido por uma enorme e violenta resistência.

Tanto do ponto de vista histórico como dos eventos ocorridos na Natureza, esta época do ano é permeada por grandes ímpetos e turbilhões que precedem o nascimento da grande entidade Solar.

O ser humano reflete em seu íntimo aquilo que ocorre no mundo externo. Não apenas o físico reverbera o ambiente desses grandes ímpetos que ocorrem na Natureza, mas a nossa vitalidade, o nosso estado anímico e a nossa individualidade são acometidos pelos assaltos que querem impedir o nascimento daquele Novo Ser no íntimo do nosso coração.

Referencia: “Época do Advento”, Flávio Ernesto Milanese.


sábado, 7 de novembro de 2015

OS QUATRO ANJOS DO ADVENTO (LENDA RUSSA)


Há muito tempo atrás os homens viviam no mundo, mas não sabiam construir casas, nem plantar e cuidar da terra. Viviam em cavernas onde era escuro, não tinham luz.

Deus, então chamou os Anjos para que troxessem luz aos quatro cantos do mundo e avisassem os homens que o Filho de Deus viria.

O primeiro Anjo tinha asas azuis. Foi iluminar as cavernas e as grutas com um raio de luz que o sol lhe deu. Foi esse raio de luz de sol que ajudou os anões a fazerem pedras coloridas. Esse anjo trouxe a chuva e ela lavou as pedras, encheu os lagos, fez os rios correrem mais depressa.

O segundo Anjo tinha asas verdes. Saiu do céu bem cedinho, mas como voava devagar, chegou na terra ao entardecer. O raio de luz que esse Anjo trouxe deu cor e perfume às plantas. Ele também ensinou os homens a plantar e a deixar a terra bem fofinha para receber a semente.

O terceiro Anjo tinha as asas amarelas. Ele foi até perto do sol e o sol lhe deu um raio de sua luz para que ele trouxesse até a terra. Quando ele estava chegando, os animais viram aquela luz e ficaram admirados. O Anjo então explicou que iria nascer uma criança muito especial e que todos deveriam se preparar para recebê-La. Os pássaros fizeram músicas muito bonitas, as borboletas coloriram suas asas, os animais de pelo falaram uns com os outros sobre o acontecimento e o vento espalhou a notícia por todos os cantos.

O quarto Anjo tinha asas vermelhas. Ele queria tanto ajudar os homens que foi logo falar com
Deus , não esperou ser chamado. Deus tirou uma luz do seu trono e disse ao Anjo vermelho que colocasse essa luz no coração de cada homem, de cada mulher, de cada criança. Porque já estava bem perto o dia do nascimento de Jesus.

É por isso que até hoje acendemos 4 velas na coroa de Advento, para lembrar os quatro anjos que nos avisaram da chegada do filho de Deus.


  À medida que as últimas horas deste ano escorrem pelos nossos dedos, não consigo deixar de me emocionar ao olhar para trás e contemplar a ...